Blogue editado pela Biblioteca Escolar do Agrupamento Damião de Góis aberto à Comunidade Educativa

Na próxima quinta-feira, 25 de Março, o Departamento de Ciências Sociais e Humanas promove uma visita de estudo ao Museu da Presidência da República no âmbito das Comemorações do Centenário da Implantação da República. O site deste Museu ( www.museu.presidencia.pt ) tem um vasto conjunto de informações que nos dão a conhecer um pouco do Museu e da biografia dos diversos Presidentes da República. Neste rico e inovador espaço Museológico chama particular atenção a galeria de retratos dos diversos Presidentes da República, que merecem especial atenção pela qualidade e diversidade estética, bem como o “livro mágico” que normalmente encanta os jovens visitantes.

 

O nosso Agrupamento de Escolas Damião de Góis, para celebrar e evocar este acontecimento histórico fundamental da História de Portugal, além desta visita de estudo a efectuar com alunos das turmas do 9º ano de escolaridade, irá dinamizar um Concurso de trabalhos de pesquisa, que em breve aqui divulgaremos.

 

O Museu da Presidência da República promove durante esta semana um interessante Ciclo de cinema e debate intitulado “Portugal nas trincheiras – a I Guerra da República” no cinema São Jorge, em Lisboa, nos dias 22 a 24 de Março, com a colaboração da Cinemateca Portuguesa na exibição de importantes filmes e documentários e no debate de prestigiados investigadores. Quem tiver oportunidade recomendo vivamente que passe por lá: o horário do programa está acessível no site do Museu.  

 

Nuno Ferrão

 

 

Foto da fachada do Museu da Presidência da República

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 22:52 | link do post

 

           Decorreu hoje no Palácio da Independência, sede da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, no salão nobre, o lançamento do número 5 da Revista “Nova Águia” ( www.novaaguia.blogspot.com ) intitulado Os cem anos d’ A Águia e a situação cultural de hoje com a ilustre apresentação dos Professores António Braz Teixeira, Manuel Ferreira Patrício, Paulo Borges, Pinharanda Gomes e a dinamização da sessão a cargo de Renato Epifânio.

 

            O presente número reúne a colaboração de múltiplos autores em valorosos textos de ensaio e poesia que evocam e reflectem sobre a importante revista “A Águia” surgida no seio do novo regime Republicano, na sua primeira série, em 1 de Dezembro de 1910.

 

            Este número celebrativo do centenário do nascimento da Revista “A Águia” recebeu a colaboração do docente Nuno Ferrão, deste Agrupamento de Escolas Damião de Góis, no artigo intitulado “Leonardo Coimbra, a revista ‘A Águia’ e o panorama cultural contemporâneo”. Em 23 de Abril deste ano, assinalando o Dia Mundial do Livro e rebaptizando a nossa Biblioteca Escolar, teremos oportunidade de assistir ao lançamento deste número na nossa escola.

Foto da fachada do Palácio da Independência, Lisboa - Património Nacional desde 1910

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 21:57 | link do post

 Palestra PNL
 
O Professor Doutor Artur Anselmo, da Universidade Nova de Lisboa, proferiu uma palestra subordinada à temática da leitura, tendo como destinatários os Professores dos diferentes níveis de ensino.
O ilustre Pedagogo realçou a importância da leitura, associando-a à estética, bem como relevou a "educação da vontade" para as várias manifestações culturais.
O Professor Artur Anselmo apelou, igualmente, ao optimismo, de forma a ultrapassar os vários condicionalismos que se colocam aos docentes.
A sua brilhante "mensagem" mereceu  a melhor atenção dos presentes.
 
Professora Elisabete Dias

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 10:15 | link do post

 

A 27 de Janeiro deste ano ( 2010) consumaram-se 65 anos sobre a libertação Aliada dos campos de concentração de Auschwitz. A carnificina do Holocausto nazi configurou o genocídio de 6 milhões de judeus. Só no campo número II Birkenau de Auschwitz morreu mais de um milhão de judeus. Foi, nesta medida, uma tragédia de assinalável proporção que levou à violação de múltiplos Direitos Humanos.

 

A ideologia nazi nasceu num contexto de crise económica, social e moral da Alemanha, ainda a assimilar as humilhações do Tratado de Versalhes. Aparece, assim, a ideia de um Estado Autoritário e Totalitário, de partido único ( Nazi ), com uma vontade nacionalista de expansão territorial. Contudo, a concepção racista foi prevalecente na ideia de que os alemães eram descendentes dos Arianos considerados uma raça superior às demais raças.

 

Deste princípio absurdo nasceu o sentimento anti-semita de ódio aos judeus propalado por Adolfo Hitler no seu livro “Mein Kampf”. Deste modo, após a sua ascensão política, em 1933, começam os maus tratos e as discriminações públicas aos judeus na Alemanha. Efectivamente, entre 1933 e 1945 as atitudes e comportamentos de desprezo pelas comunidades judaicas serão recrudescentes. Começou-se com o uso de braçadeiras com a estrela de David, distintivo judaico, e com leis raciais de discriminação social entre 1933 e 1935. Não tardou, no entanto, que se desencadeasse uma radicalização da discriminação em 1938, naquilo a que ficou conhecido na História por “noite de Cristal”, em que se encerraram sinagogas e lojas, se enviaram os primeiros judeus para os campos de concentração, se construíram guetos em cidades e se fuzilaram judeus.

 

A atitude discriminatória e de completo menosprezo dos Nazis pela dignidade e pela vida das comunidades de judeus, de ciganos e dos grupos de deficientes e de homossexuais representam uma grave violação de vários Direitos Humanos Fundamentais ( à vida, à igualdade e dignidade de todos os seres humanos, à proibição de formas de escravatura, de torturas e tratamentos cruéis e da prisão sem criteriosa justificação ).  Foi, nesta conjuntura, que as Nações Unidas fizeram em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos e no ano anterior tinham dado oportunidade à criação do Estado de Israel.

 

Os atrozes executores da purificação racial da “grande Alemanha” foram os agentes das SS ( polícia política ) liderados por Heinrich Himmler. Por um lado, instigavam à multiplicação dos genes pretensamente arianos e, por outro lado, tratavam do extermínio daquelas comunidades e daqueles grupos enunciados.

 

Este processo histórico de alienação colectiva conduziu ao “Inferno de Auschwitz” que começava com o degradante transporte dos prisioneiros em vagões de gado, sem quaisquer condições higiénicas. O caminho dos prisioneiros conduzia-os aos diversos instrumentos de extermínio utilizados sobre estes segmentos sociais ( câmaras de gás, campos de trabalho e fuzilamentos ). Era uma ironia, pejada de malícia e de perversidade, o slogan que encimava os portões de Birkenau – Auschwitz II: “o trabalho liberta”. Muitos prisioneiros iam na ilusão de desenvolver trabalhos forçados e só os mais perspicazes se aperceberam de que, realmente, o destino final era outro, daí que alguns tenham tentado fugir. Com efeito as pessoas que chegavam adoentadas eram encaminhadas para as câmaras de gás e, em seguida, ou queimavam os cadáveres em fornos crematórios ou utilizavam, de forma macabra, os restos dos mortos para fabrico de produtos ou, ainda, se serviam deles para a elaboração de experiências laboratoriais.

 

Em Janeiro de 1945, com a 2ª Guerra Mundial já perdida, as tropas Nazis fizeram uma prévia evacuação dos campos de concentração de Auschwitz, antes que chegassem as tropas Aliadas, neste caso soviéticas, para libertar a Europa do jugo Nazi. Finalmente, a 27 de Janeiro o exército Soviético libertou, por completo, os três campos polacos de concentração Nazis ( Auschwitz I, Birkenau e Monowitz ), de que se evocou este ano o sexagésimo quinto aniversário deste simbólico acontecimento histórico.

 

Em conclusão, não deve ser esquecido da memória colectiva da Humanidade este abominável acontecimento histórico ( o Holocausto ) e daí que as ruínas dos campos de concentração de Auschwitz tenham sido classificados como Património Cultural da Humanidade em 2002 pela UNESCO. Ao mesmo tempo, os notáveis e incomensuráveis filmes feitos sobre este fenómeno ( “A lista de Schindler”, “O pianista”, “A vida é bela” e muitos outros ) tem vindo a despertar a opinião pública para uma consciência moral que radique numa sabedoria histórica. Que nunca esqueçamos o horror que foi o Holocausto!

 

Nuno Ferrão

 

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 20:17 | link do post

Boas Memórias

 

Ana Maria Magalhães

Cresci num casarão povoado de contadores de histórias. À minha avó, que preferia factos e gente de carne e osso, devo Zé do Telhado e a justiça popular que tudo perdoa a quem rouba aos ricos para dar aos pobres. E os amores proibidos de Pedro e Inês mais o desfecho trágico junto à Fonte das Lágrimas que durante anos imaginei a lançar águas revoltosas directamente no rio Mondego.

A minha mãe concebia enredos surpreendentes a propósito das nuvens que nos acompanhavam em viagem ou das páginas soltas espalhadas nas mesas dos consultórios. Também utilizava a mobília do quarto que, em noites de trovoada, adquire contornos assustadores. E objectos soltos como ponto de partida para as mais fantásticas brincadeiras. Havia ainda a tia São. Velha, viúva, de fracos recursos, acolhida por amor e solidariedade, sem outro encargo para além de entreter as crianças, tornou-se grande especialista em mouras encantadas e princesas infelicíssimas de quem falava como se fossem pessoas verdadeiras indignando-se contra a perversidade das madrastas, o espírito influenciável dos pais e dos maridos, mostrando-se particularmente sensível à vida tormentosa da menina que tinha uma estrela de ouro na testa, única capaz de a fazer chorar.

Uma só página obriga a escolhas, constato que evoquei três figuras femininas e não me admiro. Pertenço a um matriarcado discreto, ou mesmo secreto, pois, embora a força estivesse do lado das mulheres, os homens eram incensados como deuses e assim tudo funcionava na perfeição.

Antes de ir para a escola já inventava histórias, tendo o cuidado de as adaptar aos primeiros ouvintes. Para o meu irmão Tó-Zé era preciso acção, desafios, elementos possíveis de transformar num jogo ou numa peça de teatro. Para o Manuel Maria, cinco anos mais novo, funcionavam melhor os mundos paralelos, que lhe sussurrava no vão da janela onde pouco depois de nos instalarmos se gerava uma atmosfera de esconderijo. Fontes de inspiração não faltavam. O sótão dos primos do Estoril, que visitávamos com frequência, podia tornar-se palco de acontecimentos extraordinários como foi o caso da grande festa no fim do Verão destinada a personagens dos contos de Perrault em que assumi com gosto o papel de capuchinho vermelho. Ao Porto também íamos bastante, quase sempre de comboio, atravessando na última etapa uma ponte fora de prazo que rangia apesar das carruagens avançarem devagar, devagarinho. Os passageiros, no mais absoluto silêncio, olhavam ora o temido rio lá em baixo, ora o desejadíssimo aglomerado de casas de granito mesmo em frente. Este percurso entre as duas margens do Douro marcava a passagem para outro universo, um universo maravilhoso onde até as palavras soavam de maneira diferente. Às vezes seguíamos para a Régua. Aí, da nossa geração éramos quinze e a geração acima, a dos pais, mantinha um grupo do teatro amador e dava espectáculos nos mais variados tipos de salas. Em Setembro assistíamos às vindimas na quinta da Silveira. Um mês inteiro de liberdade para fazer escaladas, tomar banho no rio, procurar tesouros escondidos, escutar os velhos que falavam de encantos, de bruxas e de lobisomens depois dos bailes na estrada em noites de lua cheia ou perto do lume quando o tempo arrefecia e as primeiras chuvas acrescentavam ao cheiro a mosto o odor inconfundível da terra molhada. Foi nesta quinta que melhor conheci as delícias da leitura anárquica. À luz da vela e até altas horas, da condessa de Ségur a Tolstoi, sem regras, sem imposições, sem interferências, um êxtase.

Estudar, estudei no sagrado Coração de Maria e adorei. O elevado grau de exigência não me assustava, o ambiente de boa camaradagem agradava-me, fiz amizades para toda a vida. Recordo com especial admiração a professora de literatura que tratávamos respeitosamente por Dona Noémia. Feia, austera, distante, ensinava como ninguém e pregava-nos à carteira sempre que lia em voz alta. Ainda hoje, se tenho saudades de Santa Olávia e resolvo ir até lá passar a tarde é através dela que ouço Carlos da Maia gritando do trapézio tu és o Vilaça.

Quando tinha quinze anos proporcionou-se-me a experiência singular de conhecer Londres sozinha. A minha tia mais nova, casada com um inglês, convidara-me a visitá-la nas férias e eu parti para casa dela no maior entusiasmo. Mas afinal a casa não era bem uma casa e não ficava em Londres. Os meus tios viviam nos aposentos independentes de um magnífico palacete cujo dono, talvez por já não receber imensos hóspedes ao fim-de-semana, resolvera alugar. A propriedade estendia-se pelos campos levemente ondulados de Camfield Place. Rodeada de muros, com portões enormes, relvados a perder de vista e árvores centenárias, não podia ser mais bela, nem mais silenciosa, nem mais opressiva. A minha tia, grávida e com uma filha pequena, raramente saía, mas tinha tudo preparado para me receber. Horários de autocarros até à vila mais próxima. Mapas do metropolitano e da cidade. Informações pormenorizadas sobre monumentos, museus, zonas a não perder, zonas a evitar, listas de filmes e de espectáculos. De manhã arranjava-me farnel e eu lá ia, de início vagamente receosa, a pouco e pouco ganhando confiança e à vontade. Não sei se gostei mais da Torre de Londres, da Tate Gallery ou de ver sem legendas E Tudo o Vento Levou. Mas sei que ao fim da tarde, quando passeava pelas ruas apinhadas de gente e me cruzava com indianas de sari, muçulmanos de turbante, ingleses ainda de chapéu de coco e bengala, livre para decidir se queria ver montras, sentar-me numa esplanada ou não fazer absolutamente nada me sentia capaz de enfrentar este mundo e outro. O pior era à noite. Por azar, nas vésperas de me meter no avião, tinha ido a um cinema de Lisboa ver o Drácula. E as árvores gigantes do palacete estampavam no vidro da janela do meu quarto a face lívida de caninos salientes. Aterrada e sem querer incomodar, acendia a luz e pegava num livro ao acaso. Ora a minha tia, protestante convicta, tinha inúmeras obras em que a ficção mais não era senão pretexto para transmitir mensagens espirituais e religiosas. Costumo dizer que os dias de descoberta deslumbrada alternaram com noites de terror evangélico. E que esta viagem a Londres teve o efeito de uma carta de alforria.

A passagem pela faculdade de letras exigiu uma criteriosa administração do tempo. Dividida entre o curso, o casamento, o nascimento dos filhos, o primeiro emprego, contei com o apoio providencial do melhor aluno, o Zé Barata Moura, já então robusto, barbudo, de olhar doce e risonho, cheio de paciência para mim e para todos os colegas que precisassem de esclarecer dúvidas. Um amor, o senhor Reitor.

Creio que estava no terceiro ano quando fui para Moçambique e ganhei um estatuto que tem muito que se lhe diga: aluna no hemisfério norte, professora no hemisfério sul. Este balançar entre os dois lados da mesa não é menos mágico do que o balanço entre os dois lados do espelho. Apliquei-me. Procurei caminhos. Percebi que só conseguia ensinar História se aceitasse as alunas como em criança aceitava os meus irmãos na hora de contar histórias. Aprendi como se faz. De regresso a casa quis continuar e continuei.

Corria o ano de 1976 quando conheci a Isabel Alçada à porta da escola onde íamos fazer estágio. Formámos equipa e entendemo-nos muito bem porque gostávamos dos alunos, porque o trabalho nos divertia, porque tínhamos feito a mesma aposta. Explicar, sem afugentar. Dizer, para se entender. Conduzir, sem oprimir nem desiludir. Procurar sempre a verdade porque só a verdade permite traçar a rota que leva a bom porto.

Foram necessários quatro anos de treino intenso para percebermos que queríamos escrever um livro em parceria e que estavam reunidas as condições para começar. Delineámos o nosso projecto contra ventos e marés, ignorando modas, recusando compromissos e vassalagens. Queríamos dirigir-nos directamente às crianças e foi isso que fizemos.

A reacção das crianças encantou uns, irritou outros, revelou-se determinante. As editoras viram-se obrigadas a repensar o catálogo. A crítica íntegra alargou os parâmetros de avaliação. Foram surgindo adeptos entusiastas e não faltaram renitentes a converter-se.

Propostas, convites, debates, encontros, viagens, pesquisas, a vida ganhou um ritmo vertiginoso. Quando dei por mim tinha-me tornado avó e já usava óculos tal qual a avó do capuchinho vermelho. Assumi o papel com todo o gosto por me parecer muito adequado a uma contadora de histórias.

Autobiografia (publicada na edição de 31 de Agosto do Jornal de Letras)

 

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 10:35 | link do post

Escola Básica 2,3 Damião de Góis

Dia 3 de Março  4ª feira

 

 

8h 45m

·         “As Pessoas de Pessoa, uma viagem pelo mundo pessoano”

Encontro com a escritora Maria Manuel Viana, na BE/CREA.

 

 

10h 10m

·         “Uma Aventura em Alto Mar

 

 Encontro com a escritora Ana Maria Magalhães, na BE/CREA.

 

11h 00

·         “Olimpíadas da Floresta”

 

Actividade no âmbito do Clube da Floresta, no Pavilhão D.

 

 

12h 00

·         “Um Mundo Melhor com Afectos!”

 Acção de sensibilização, no âmbito do PES (Programa de Educação para a Saúde), pela Professora Inês Pando.

 

 

15h 30m

·         Ler É Maçada/Estudar É Nada

 Palestra sobre leitura pelo Professor Doutor Artur Anselmo, da Universidade Nova de Lisboa, na BE/CREA.

 

 

 

 

 

Escola Básica 1 dos Lóios

Dia 3 de Março  4ª feira

 

9h00 às 10h00  e 11h00 às 12h00

·         “ Conta-me Histórias Que Eu Não Sei…”

 

Pais de diversas nacionalidades vêm à escola contar histórias dos seus países.

 

 

10h00

·         “Está na Hora de Ouvir…”

 

 Conversa com a escritora Maria do Rosário Pedreira.

 

 

12h00

·         “Comer Palavras”

 

Embrulhar vários Poemas e dá-los a saborear…

 

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 10:27 | link do post

O Campo de Concentração de Auschwitz, na Polónia, era um rectângulo de 1,7 km, por 720 metros de largura, rodeado de arame farpado e composto por três sub-campos:

  • Stammlager (ou Auschwitz 1) para trabalhos forçados que chegou a ter 135 mil presos;
  • Birkenau (ou Auschwitz 2) onde era executado o extermínio;
  • Buna-Monowitz (ou Auschwitz 3) composto por um conjunto de 46 campos de trabalhos forçados, associado ao complexo industrial IG Farben que produzia borracha sintética e metanol.

 

Entre Maio de 1940 e Janeiro de 1943, foram deportados para Auschwitz cerca de 1.6 milhões de pessoas, vindas de 15 países da Europa, sendo que morreram 1.335.000 nas câmaras de gás e 137.000 de fome, de doença, de frio ou de brutalidades de todo o tipo.

 

Era uma linha de produção de morte, desenvolvida de forma a envolver o maior número de pessoas, com a máxima economia de recursos, aproveitando os cadáveres como matéria-prima para a produção industrial de sabão.

 

Os nazis só começaram a abandonar Auschwitz a 17 de Janeiro de 1945, quando as suas tropas já não eram capazes de travar a ofensiva do Exército Vermelho, lançada depois da derrota alemã na Batalha de Estalinegrado, que terminou em Fevereiro de 1943.

 

As tropas aliadas, que ocuparam o campo, não conseguiram adivinhar logo a dimensão da gigantesca e sistemática indústria da morte, montada ao pormenor pelos nazis.

 

Para perpetuar este horror, o espaço de Auschwitz foi transformado num Museu aberto a todos aqueles que, de algum modo, querem homenagear os que por ali passaram.

 

Eugénia Correia

 

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 09:24 | link do post

Jornalista Adelino Gomes entrevista o Comissário do PNL

Dia 2 de Março, na BE/CREA, da Escola Básica 2,3 Damião de Góis

Adelino Gomes é jornalista na imprensa escrita, radiofónica e televisiva. Foi um dos fundadores do diário Público, onde foi director-adjunto e redactor-principal. Locutor da Rádio Clube Português, Rádio Renascença, Deutsche Welle e director de informação e realizador na Radiodifusão Portuguesa. Repórter da RTP em 1975, cobriu o 11 de Março, o início da guerra civil em Angola, e a guerra civil em Timor, cujo dossier retomaria no jornal Público a partir de 1990. É co-autor do disco O dia 25 de Abril (duplo álbum com a reportagem sobre a revolução) e dos livros Portugal 2020 (1998), O 25 de Abril de 1974 — 76 fotografias e um retrato (1999), Carlos Gil - Um fotógrafo na Revolução (2004), As Flores nascem na Prisão, Timor-Leste - ano 1 (2004) e co-autor de Os Dias Loucos do PREC (2006). Foi designado Provedor do Ouvinte da RTP (em 2008).

Leccionou na Escola Superior de Comunicação Social (1975-1981), Escola Superior de Jornalismo do Porto (1986) e na Universidade Autónoma de Lisboa (1992-2002). Foi formador no CENJOR - Centro de Formação Protocolar para Jornalistas e coordenou o Curso de Formação de Jornalistas e Animadores de Emissão da rádio TSF.

É doutorando em Sociologia, no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, desde 2004.

É membro do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Damião de Góis, na qualidade de individualidade da comunidade local.

 

Comissão de Honra da Semana da Leitura do Agrupamento

·       Carlos Veiga Ferreira (Comissão de Honra do PNL)

·       Belarmino Silva (Presidente da Junta de Freguesia de Marvila)

·       Adelino Gomes (Jornalista e Provedor do Ouvinte na RTP)

 


 

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 09:20 | link do post

Desde o século XV, a Língua Portuguesa ultrapassou as fronteiras da Península Ibérica, acompanhando as caravelas lusitanas na aventura das grandes navegações…

Hoje é uma língua culta de dimensão internacional e intercontinental falada nos cinco continentes e – como havia predestinado Fernando Pessoa – é uma das poucas línguas potencialmente universais do século XXI.

 

A língua portuguesa, a nível internacional, é um elo de ligação entre países que, tendo a língua como património comum, a podem potenciar através de uma acção conjunta e assumida da lusofonia.

 

Ser sensível a essa diversidade cultural, valorizando a diferença, é trazer para dentro da escola a actualidade, a inspiração e a fonte mais genuína e legítima das reformas educativas que há-de mudar a escola e a sociedade no futuro.

 

Professora Rosa Ferreira 

 

Horizonte, in mensagem


O mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
'Splendia sobre sobre as naus da iniciação.

Linha severa da longínqua costa
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstracta linha.

O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte
Os beijos merecidos da Verdade.

Fernando Pessoa

 

 

 

Yaka

 

O mar tem sido seu mais constante interlocutor desde a meninice, quando seu pai português e sua mãe angolana o traziam à praia. Era ali, diante da imensidão nem sempre azul dos dias de calema que ele compreendia de fato as histórias de tradição kwanyama  e nyaneka  que os empregados da casa lhe contavam, o que o fazia pensar a diversidade de tradições - tão grandes como o mar - que compunha seu país e o tornavam ao mesmo tempo tão diferente e singular.

  • Pepetela - Escritor Angolano

 

 

Capitães de Areia

Sob a lua, num velho trapiche abandonado, as crianças dormem. Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e negras pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se rebentavam fragorosas, ora vinham se bater mansamente. A água passava por baixo da ponte sob a qual muitas crianças repousam agora, iluminadas por uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram inúmeros veleiros carregados, alguns eram enormes e pintados de estranhas cores, para a aventura das travessias marítimas. (…)

  • Jorge Amado - Escritor brasileiro

 

 

 

O Útero da Casa (pág. 59)

Quando à casa regressar

A pátria sombra fugitiva

Da trouxa dos dias guardarei ainda

O murmúrio das preces e a vigília

A obstinada memória das águas eternas.

  • Conceição Lima  - Escritora são-tomense

 

 

 

In O Poema, a Viagem, o Sonho

Em ti há um marinheiro demandando uma ilha onde ninguém ainda esteve. Também em ti encontrarás o mapa, a bússola e o navio. Há coisas a que não deves atribuir nomes. A tua ilha não tem nome.

 

  • Arménio Vieira – Escritor cabo-verdiano

 

 

 

 

 

 

 

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 15:59 | link do post

O Comissário do PNL

Professor Fernando Pinto do Amaral


Fernando Pinto do Amaral é professor na Faculdade de Letras de Lisboa, tradutor e crítico literário. Colabora regularmente no jornal "Público" e nas revistas "Ler" e "Colóquio Letras". Tem comissariado alguns eventos dedicados à literatura, nomeadamente, "100 Livros do Século", ou mais recentemente a comitiva de escritores portugueses no Salão do Livro de Genève.


Em 1990 publicou o seu primeiro livro de poesia, "Acédia", a que se seguiram "A Escada de Jacob" (1993), "Às Cegas" (1997) e "Poesia Reunida 1990-2000". De entre os seus ensaios destaque-se "O Mosaico Fluido - Modernidade e Pós-modernidade na Poesia Portuguesa mais Recente" (1991). É o actual Comissário do Plano Nacional de Leitura (PNL), sucedendo a Isabel Alçada.

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 15:46 | link do post

Semana da Leitura

Dia 2 de Março

Escola E.B. 2, 3 Damião de Góis

 

 

 

9h00

  • Mensagem de Fernando Pessoa e Outras Mensagens

Inauguração da exposição de trabalhos dos alunos com a presença do Comissário do PNL, Professor Doutor Fernando Pinto do Amaral, no piso 1, do Pavilhão A.

 

 

10h 10m

  • Como Nasce um Livro

 Conversa com o editor Carlos Veiga e o escritor Rui ZinK, na BE/CREA.

 

 

11h 50m

  • “Ler+ em Vários Sotaques, Por um Mundo Melhor”

. Leitura de poemas de autores de expressão portuguesa pela Professora Rosa Ferreira e alguns alunos do 3º Ciclo;

. Conversa com a representante da Oikos, Cristina Peixinho, no Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza e a Exclusão Social,

na BE/CREA.

 

 

14h 25m

  • “65.º Aniversário da Libertação de Auschwitz »:

. inauguração de uma exposição de fotografia;

. enquadramento histórico pelo Professor Nuno Ferrão;

. testemunho da Professora Maria Eugénia Pereira, na BE/CREA.

 

·        A Menina do Mar”: .comentário do conto de Sophia de Mello Breyner pela Professora Luísa Teixeira;

. Projecção do musical de Filipe La Féria,na sala B7.

 

 

15h00

  • O Rapaz do Pijama às Riscas”:

. comentário do livro do escritor irlandês John Boyne, pela aluna Liliana Rodrigues(9ºA);

. projecção do filme de Mark Herman, na BE/CREA. Comentário pelo Professor Pedro Matos.

 

 

 


publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 15:45 | link do post

Escola Básica 1 nº 195 e Jardim-de-Infância Marvila nº4

Semana da Leitura

Dia 1 de Março

 

 

 

 

 

                               9h 15m – 12h00  “Ovos Misteriosos”

 

 

 

1.      Oficina do conto, desenvolvida pela Educadora Custódia Couto, para os alunos do Pré-escolar e do 1º Ciclo, no Ginásio.

 

2.      Oficina da dramatização, orientada pelos Professores João Cabrita e Maria Paula Osório com a participação dos alunos do 1ºA e do 1ºB.

 

3.      Oficina da Banda Desenhada, orientada pelos Professores Clara Carriço e Natércia Branco, com a participação dos do 2ºA e do 2ºB.

 

4.      Oficina da ilustração de parte da história, orientada pelos Professores Vasco Costa e Francisco Caeiro, com a participação dos alunos do 3ºA e 3ºB.

 

5.      Oficina da escrita orientada pelos Professores Luís Amaral e Olga Picado, com a participação dos alunos do 4ºA e do 4ºB (fazem o resumo da história) e os alunos do Pré-escolar e do 1º ano (fazem o desenho da história).

 

 

6.       Exposição dos trabalhos realizados nas diferentes oficinas.

 

 

 

                         14h00 - “Clube de Flautas, Poesia e mímica”

 

1.      Professor Fernando Gaspar e alguns alunos do 2º e do 3º Ciclo tocam e lêem poemas aos alunos do 1º Ciclo e do Pré-escolar;

  

2.       Mímica da história “Os Ovos Misteriosos”, pelos alunos do 1º Ciclo.

 

 

Vamos disponibilizar oportunamente “Um breve olhar” sobre as actividades e os trabalhos dos alunos.

 

 

 

publicado por Mensagens do Agrupamento Damião de Góis às 17:55 | link do post
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