O Campo de Concentração de Auschwitz, na Polónia, era um rectângulo de 1,7 km, por 720 metros de largura, rodeado de arame farpado e composto por três sub-campos:
- Stammlager (ou Auschwitz 1) para trabalhos forçados que chegou a ter 135 mil presos;
- Birkenau (ou Auschwitz 2) onde era executado o extermínio;
- Buna-Monowitz (ou Auschwitz 3) composto por um conjunto de 46 campos de trabalhos forçados, associado ao complexo industrial IG Farben que produzia borracha sintética e metanol.
Entre Maio de 1940 e Janeiro de 1943, foram deportados para Auschwitz cerca de 1.6 milhões de pessoas, vindas de 15 países da Europa, sendo que morreram 1.335.000 nas câmaras de gás e 137.000 de fome, de doença, de frio ou de brutalidades de todo o tipo.
Era uma linha de produção de morte, desenvolvida de forma a envolver o maior número de pessoas, com a máxima economia de recursos, aproveitando os cadáveres como matéria-prima para a produção industrial de sabão.
Os nazis só começaram a abandonar Auschwitz a 17 de Janeiro de 1945, quando as suas tropas já não eram capazes de travar a ofensiva do Exército Vermelho, lançada depois da derrota alemã na Batalha de Estalinegrado, que terminou em Fevereiro de 1943.
As tropas aliadas, que ocuparam o campo, não conseguiram adivinhar logo a dimensão da gigantesca e sistemática indústria da morte, montada ao pormenor pelos nazis.
Para perpetuar este horror, o espaço de Auschwitz foi transformado num Museu aberto a todos aqueles que, de algum modo, querem homenagear os que por ali passaram.
Eugénia Correia